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O estrabismo tem cura?

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Em cada um dos nossos olhos existem 6 músculos que controlam os movimentos do nosso globo ocular. Quando estão em harmonia, os olhos se mantém alinhados.

O estrabismo é um desequilíbrio na função destes músculos oculares, fazendo com que os olhos não fiquem paralelos. Popularmente, o estrabismo é conhecido como “vesguice”, ou “vesgueira”.

Nosso cérebro controla esses músculos garantindo que eles trabalhem de forma correta, permitindo que focalizemos nossa visão. Por isso, doenças que afetam o cérebro e o sistema nervoso podem ter como consequência também o estrabismo.

Quando o olho afetado tem o desvio em direção ao nariz, é chamado de estrabismo convergente, já quando o olho se direciona para o lado contrário é chamado de estrabismo divergente. Existe também o estrabismo vertical, em que o desvio acontece para baixo ou para cima. Também é possível ocorrer uma combinação de estrabismo vertical com o horizontal (convergente ou divergente).

O estrabismo pode surgir em diversas fases da vida. Quando ele aparece em idades mais avançadas, geralmente é causado por alguma doença não ocular, como doenças neurológicas e diabetes, ou pela manifestação de um desvio que, até então, a pessoa era capaz de compensar, uma vez que com a idade perde-se a capacidade de compensar alguns desvios e o estrabismo passa a manifestar-se

O principal sinal é a alteração da simetria entre os olhos. Nas crianças maiores ou nos adultos que desenvolvem a doença, também é comum a queixa de visão dupla (diplopia), o que não ocorre quando o paciente é estrábico desde cedo.

Logo após o nascimento é comum os bebês apresentarem pequenos desvios, que com o tempo logo somem. Porém, após quatro meses de idade, se o estrabismo persistir, os pais devem procurar um oftalmologista sem demora.

O estrabismo normalmente não desaparece com o tempo. O problema pode ser tratado em qualquer idade, mas quanto antes se der o tratamento, maiores os benefícios para o desenvolvimento visual da criança. O desenvolvimento visual se dá até cerca de sete anos de idade, o não tratamento do estrabismo neste período, pode levar à perda da visão do olho desviado de forma irreversível.

Os tratamentos para estrabismo são diversos, indo desde uso de óculos até cirurgia, variando de acordo com cada caso. A operação do estrabismo é recomendada em casos em que o uso de óculos e outros procedimentos não surtiram resultado. Os desvios intermitentes pequenos podem receber importante auxílio do ortoptista, com exercícios chamados ortópticos. Além disso, em alguns casos, a toxina botulínica também pode ser utilizada para corrigir o problema. O fundamental é consultar-se com um oftalmologista especialista em estrabismo para saber em qual tratamento seu estrabismo ou do seu(ua) filho(a) se enquadram.

*Texto revisado pela Dra. Julia Rossetto, especialista em estrabismo, oftalmopediatria e plástica ocular pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Bascom Palmer Eye Institute (Miami/FL – EUA)

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Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.