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O ceratocone é uma doença da córnea, a principal superfície refrativa do olho humano. A córnea é um tecido transparente e curvo (aproximadamente 43 dioptrias de curvatura) que representa cerca de 2/3 do poder refrativo e 1/6 da superfície anterior do globo ocular.
O Ceratocone é uma doença não inflamatória, e, na maioria da vezes, progressiva da córnea. Devido a alterações anatômicas e biomecânicas, a córnea sofre encurvamento e afinamento progressivos levando ao abaulamento (ectasia) em forma de cone da córnea. A alteração progressiva do formato da córnea gera um grau irregular (astigmatismo) levando a baixa da acuidade visual (visão) progressiva.
O ceratocone costuma manifestar-se na adolescência ou início da fase adulta, entretanto em alguns casos seu diagnóstico pode ser mais precoce na infância ou mais tardiamente em adultos com > 30 anos.
Os pacientes portadores de ceratocone podem apresentar piora da visão progressiva, acompanhada do aumento do grau dos óculos (principalmente do astigmatismo) que pode não melhorar com a prescrição dos óculos.
O ceratocone apresenta associação com diversas doenças oculares e sistêmicas, sendo frequente a associação entre o ceratocone e atopia (alergia) e síndrome de down.
Apesar do exame físico (Biomicroscopia) detalhado realizado pelo especialista na lâmpada de fenda ser de extrema importância, o exame “padrão ouro” atual no diagnóstico e acompanhamento do ceratocone é a TOMOGRAFIA CORNEANA (GALILEI).
A TOMOGRAFIA CORNEANA (GALILEI) é um exame de última geração que permite ao especialista avaliar a curvatura anterior (Topografia), espessura (Paquimetria), mapas de elevação anterior e posterior (doenças como o CERATOCONE apresentam manifestações iniciais na curvatura posterior não detectadas na topografia corneana) e aberrações (imperfeições) corneanas com maior precisão e reprodutibilidade.
O paciente com ceratocone deve ser examinado e submetido a tomografia corneana (GALILEI) a cada 6 meses para avaliar a progressão da doença.
Sim! O diagnóstico precoce e acompanhamento semestral permite a identificação de pacientes com ceratocone, assim como sua progressão. Os pacientes portadores de ceratocone que possuem boa acuidade visual com o uso de óculos ou lentes de contato e que estejam evoluindo (piorando) são candidatos ao CROSS-LINKING (CXL) corneano, que consiste na aplicação de Riboflavina (Vitamina B2) e raios UVA na córnea. O CXL aumenta o número de ligações covalentes entre as fibras de colágeno corneanas resultando em um “enrijecimento” da córnea.
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Director of communications PanCornea Society (2015-2016).
Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).
Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).
Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).
Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).
Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.
Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.
Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.
Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.
Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.
• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.
• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).
• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).
• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).
• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.
• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.
• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.
• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.