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Lentes de contato

No Brasil há cerca de 2,5 milhões de usuários de lentes de contato, um número pequeno quando comparado a outros países. 

As lentes de contato são um excelente recurso para correção do grau e podem corrigir miopia, hipermetropia e astigmatismo. Também para a presbiopia (que ocorre por volta dos 40 anos) existem as lentes multifocais e a possibilidade de levar a visão boa para longe e para perto através da dita “monovisão” corrigindo um olho para perto e outro para longe.

Existem diversos tipos de materiais e lentes:

  • Lentes de contato gelatinosas: utilizadas para corrigir miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia, na maioria dos casos
  • Lentes de contato rígidas: são de acrílico e geralmente indicadas para olhos com alto astigmatismo, ceratocone (ectasia corneana) e astigmatismos irregulares não corrigidos pelas lentes gelatinosas.

 

A adaptação da lente de contato é um ato médico e cabe ao oftalmologista, ao examinar os olhos, verificar a inexistência de contraindicação e prescrever o melhor tipo de lente para cada paciente.

Quais exames são realizados para adaptação de lentes?

  • Biomicroscopia: A visualização das estruturas oculares e do filme lacrimal pelo oftalmologista é a etapa mais importante do exame.
  • Tomografia da Córnea (Galilei): Permite avaliar a curvatura e a espessura da córnea.
  • Paquimetria: Mede a espessura da córnea. O aumento da espessura pode indicar sofrimento da córnea pelo uso excessivo das lentes.
  • Microscopia especular da córnea Avalia a camada mais interna (Endotélio) da córnea. Ele fornece a contagem de células endoteliais que são as responsáveis pela transparência da córnea.

 

É importante saber que as lentes de contato podem ocasionar doenças oculares. Assim todo usuário de lente de contato deve ser acompanhado por oftalmologista. O usuário deve procurar o oftalmologista toda vez que não satisfizer os três “bens” da adaptação: enxergar bem, se sentir bem e parecer bem ao espelho.

 

Dicas para uso adequado e seguro de suas Lentes de Contato

 

  • Limpeza

 As lentes precisam de cuidados especiais de higienização e conservação para evitar danos ao paciente, independente do material. Ao contrário do que muitos pensam, a água e o soro fisiológico não têm propriedades necessárias para a higienização e, por aumentar o risco de contaminação, podem ser perigosas.

Há no mercado produtos específicos para higienizar as lentes de contato e que proporcionam limpeza e conservação de maneira adequada para as lentes de contato gelatinosa e rígida. As soluções multipropósito realizam limpeza, remoção de proteínas, desinfecção, conservação do estojo e hidratação prolongada das lentes.

Deve-se também sempre lavar bem as mãos com água e sabão antes de colocar e retirar as lentes.

 

  • Estocagem

As caixas de lentes de contato (estojos) devem ser esterilizadas uma vez ao mês (em água fervente por 30 minutos) e trocadas a cada três a seis meses. 

Sempre que for colocar as lentes no olho, jogue o líquido do estojo fora e mantenha-o seco e guardado em local com pouca umidade. Antes de retirar as lentes, preencha a caixa com solução multiuso e deixe-as imersas nesta solução com o estojo fechado até o uso.

Usar saliva para limpar as lentes é um erro gravíssimo. A saliva tem diversos microrganismos que podem proliferar e causar infecções.

 

  • Maquiagem

Usuários de lentes de contato podem utilizar maquiagem desde que  alguns cuidados básicos sejam seguidos como verificar a validade de cada item; armazená-los em lugar seco e arejado; evitar ambientes úmidos como o banheiro e evitar compartilhamento dos produtos.

Remover adequadamente a maquiagem é muito importante. Recomenda-se retirar as lentes antes da higiene das pálpebras. Sugere-se uso de shampoo neutro para bebê (diluído com água morna) ou produtos específicos para higiene dos olhos.

 

  • Sono e Tempo de uso

Dormir com as lentes de contato é um dos principais fatores de risco para doenças de córnea. Durante o sono, a córnea é nutrida pela pálpebra. A presença da lente de contato atua como uma barreira entre a pálpebra e a córnea, e dificulta a nutrição e oxigenação causando pequenas lesões que podem infeccionar.

O ideal é remover as lentes de contato ao chegar em casa. A córnea depende de oxigênio e nutrientes fornecidos pelas pálpebras e pela lágrima. Por isso, ficar um tempo do dia sem as lentes é fundamental, principalmente para dormir.

 

  • Uso inadequado de colírios

O uso inadequado de algumas substâncias pode causar problemas oculares sérios e, muitas vezes, irreversíveis, podendo inclusive levar à cegueira. Fórmulas caseiras não devem ser utilizadas como colírios. Existem lubrificantes específicos para usuários de lentes e contato.

 

  • Ar condicionado

Ambientes com baixa umidade do ar provocam aumento da evaporação da lágrima e podem causar sensação de olho seco em pacientes usuários de lentes de contato. Soluções umidificantes e lubrificantes podem ser utilizadas desde que adequadas e sem exagero.

 

  • Mergulho no mar, piscina ou lagoa

Antes de mergulhar, recomenda-se retirar as lentes de contato para evitar contaminação.

 

  • Sinais de alarme

Em caso de irritação, prurido, dor ou vermelhidão persistentes, procure seu oftalmologista. Tenha sempre óculos atualizados que possam ser utilizados nos períodos de descanso e em intercorrências.

Seguindo esses cuidados, as lentes de contato podem ser utilizadas por muitos anos sem causar problemas.

Você também pode se interessar por: Óculos de Grau ou Lentes de Contato?

Resultado de Exames

Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.