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Olhos vermelhos: Quando me preocupar?

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O olho vermelho é um problema comum que pode ter muitas causas, desde pouca lubrificação e/ou ar seco, exposição ao sol, poeira, um corpo estranho, reação alérgica, infecção, traumatismo ou muitas vezes está associado simplesmente ao cansaço. A vermelhidão se dá devido a dilatação dos vasos sanguíneos na conjuntiva, uma camada transparente que recobre a esclera, a parte branca dos olhos.

Na maioria dos casos, o grau de vermelhidão ou o aparecimento de sangue não está correlacionado com a gravidade da situação. É geralmente mais importante se a pessoa tem dor nos olhos ou visão prejudicada. Portanto, se a vermelhidão vier acompanhada de secreção, lacrimejamento, ardência, fotofobia e/ou coceira, baixa de visão, o ideal é procurar um oftalmologista o quanto antes, pois você pode estar diante de uma inflamação ou infecção ocular.

A conjuntivite, tanto viral quanto bacteriana, é uma das doenças que mais provocam vermelhidão. Alergia ocular, úlceras de córnea, uveítes (inflamações oculares), blefarite, pterígio e olho seco também podem causar olhos vermelhos.

Conjuntivite: É a inflamação que pode estar associada ou não com infecção da membrana que reveste a pálpebra e cobre a superfície do olho (conjuntiva). Esta condição é muitas vezes chamada de conjuntivite aguda e pode ser causada por um vírus, bactérias, alergia ou irritação. Se for causada por um vírus, pode ser altamente contagiosa.

Figura 1. Conjuntivite

Blefarite: É a inflamação dos folículos das glândulas ao longo das pálpebras, causado por bactérias da pele. É normal existir comichão e as pálpebras podem parecer gordurosas ou com crosta, como pequenas “caspinhas”.

Figura 2. Blefarite

Úlceras de córnea: São úlceras que aparecem na parte externa do olho, geralmente devido a uma infecção bacteriana ou um trauma ocular. Esse problema pode ser mais comum em pacientes usuários de lentes de contato, especialmente os que não conservam as lentes de forma adequada.

Figura 3. Úlcera de córnea

Uveíte: É a inflamação da úvea, que inclui a íris, corpo ciliar e coróide. Na maioria das vezes está associado com uma desordem autoimune, infecção ou exposição a toxinas. Muitas vezes pode se apresentar apenas como um pequeno desconforto ocular e leve dor. Nos casos mais graves, pode vir acompanhado de dor intensa e baixa de visão importante.

Figura 4. Uveíte anterior

Esclerite e Episclerite: É a inflamação da esclera (parte branca do olho). Geralmente esta associado à dilatação de vasos de forma mais localizada e pode estar associada a dor de intensidade leve à moderada.

Figura 5. Esclerite

Pterígio e Pinguécula: Neste caso, o olho pode não ficar vermelho o tempo todo.  Esta condição afeta apenas a parte onde fica o pterígio e pode melhorar com colírios lubrificantes ou vasoconstritores. Os sintomas são de ardência, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

Figura 6. Pterígio

O que fazer?

Se os olhos estiverem secos, um colírio lubrificante receitado pelo oftalmologista deve ser utilizado.

Se os olhos apresentarem secreção, lacrimejamento, ardência, fotofobia e/ou coceira, procure um oftalmologista que te auxiliará de forma correta.

Nos casos de baixa de visão ou quando associado a dor, o paciente deve procurar imediatamente um oftalmologista.

IMPORTANTE.: O uso de colírios clareadores (Moura Brasil / Cristalin / Fresh Clear, entre outros), apesar de melhorarem o olho vermelho, não devem ser utilizados de forma recorrente e sem prescrição médica, uma vez que eles podem causar problemas ao longo prazo.

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Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.