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Desenvolvimento da visão em seu bebê

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Como se desenvolve a visão do bebê?

Da mesma maneira que seu bebê precisa de tempo para aprender a andar e falar, o seu “pequeno” precisa a aprender a enxergar e desenvolver outras funções oculares como, por exemplo, coordenar o movimento dos seus olhinhos. Ao nascimento as vias visuais ainda não estão completamente formadas e é necessário algum tempo para que o cérebro em desenvolvimento “aprenda” a assimilar os estímulos visuais.

O que ele enxerga em cada fase?

Do nascimento aos 3 meses.

No início de sua jornada fora do acolhedor útero materno a visão do bebê esta voltada para o ambiente mais próximo ao seu redor.

Nos primeiros 3 meses de vida o bebê tem dificuldade de focalizar objetos além de 20-30 centímetros distantes de seu rosto.

  • Ao nascimento, apesar da riqueza de estímulos do mundo novo, a visão do bebê ainda é um grande borrão. Há uma tendência preferencial a objetos com grande contraste, entretanto não são capazes de coordenar o movimento dos olhos de maneira conjungada entre um ou mais objetos. O foco inicial da visão se inicia a objetos a 20-30 cm de seu rosto ou à distância entre seu rosto e dos pais.
  • Nos primeiros meses o bebê inicia um processo de melhor interação entre os olhos e mãos, aos poucos seguindo de maneira mais atenta os objetos e começando a tentar agarrá-los por volta de 3 meses.
  • Nesta fase, a falta de coordenação entre os dois olhos pode ocasionar desvios oculares eventuais. Apenas devios oculares constantes (para dentro ou para fora) devem ser investigados.
  • O bebê ainda não possui uma visão tão aguçada que permita reconhecer os traços maternos com precisão, e sim as vezes apenas a silueta do rosto e cabelos. Portanto, tente manter a mesma aparência (cabelos soltos ou presos) ao segurar o bebê ou durante a amamentação.
  • Uma leve iluminação no quarto também permite estimular seu baixinho enquanto ele estiver no berço.

De 4 a 8 meses

  • Nesta fase o bebê continua aprimorando cada vez mais a coordenação olhos-mãos.
  • A percepção de profundidade e visão em 3D começam a se desenvolver por volta do 5 mês
  • A visão colorida do recém nato, apesar de menos desenvolvida que nos adultos, parece satisfatória por volta dos 5 meses.
  • O desenvolvimento da musculatura extra-ocular permite melhor coordenação entre os dois olhos nesta fase.
  • Estimule seu bebê constantemente, trocando os brinquedos pendurados, cores no quarto, troca de posição do berço.

De 9 meses a 1 ano

  • Aos 9 meses o bebê começa a engatinhar, aumentando ainda mais a coordenação olhos-mãos. Crianças que engatinham por mais tempo parecem desenvolver uma melhor coodenação olhos-mãos que crianças que andam mais precocemente.
  • Com um ano o bebê ja é capaz de alcançar objetos com maior precisão devido a visão de profundidade e 3D mais apurada.
  • Utilize tapetes para bebês coloridos e ofereça objetos de diferentes cores e formatos para melhor desenvolvimento da coordenação olhos-mãos.

De 1 a 2 anos

  • Sua “ferinha” ja começa a andar e explorar o mundo como ninguém. É nesta fase que não se deve perde-lo de vista. Cuidado com objetos ou móveis espalhados pela casa, eles podem representar perigo para traumas oculares.
  • Sua visão de cores, percepção de profundidade e coordenação olhos-mãos ja estão bem desenvolvidas em torno dos 2 anos.

Quando ele passa a ter a visão igual a de um adulto?

A visao do bebê esta em constante evolução, melhorando a cada mês. Entretanto é apenas com cerca de 6 anos que ele passa a ter a visão de 20/20 (100%) igual a de um adulto. O sistema visual da criança estará totalmente desenvolvido por volta de 7-8 anos de idade. O termo “ambliopia” ou “olho preguiçoso” se refere ao não desenvolvimento completo da visão devido, principalmente, a desvios oculares (Estrabismo) ou erros refracionais (Hipermetropia/Miopia/Astigmatismo) não devidamente corrigidos durante este período.

A que os pais devem ficar atentos para ter certeza de que a visão do filho está se desenvolvendo normalmente? Quais são os sinais de alerta?

Os pais devem atentar como o bebê se comporta em cada uma das fases e sempre tentar estumula-lo. Entretanto na presença de alguns sinais o oftalmologista deve ser consultado:

  • Desvios oculares: Em crianças maiores de 4-6 meses, desvios oculares devem ser avaliados.
  • Aspecto branco da pupila: Pode indicar presença de catarata congenital ou câncer intraocular. Em fotografias, ao invés do reflexo vermelho há um reflexo branco na area da pupila.
  • Lacrimejamento excessivo: Podem indicar obstrução das vias lacrimais, infecções ou aumento da pressão intraocular.
  • Sensibilidade exacerbada a luz: Pode indicar aumento da pressão intraocular.

Com que frequência a crianção deve ser avaliada pelo oftalmologista?

Atualmente a recomendação é que bebês saudáveis sejam avaliados ao nascimento (teste do reflexo vermelho/olhinho), entre 6m a 1 ano, aos 3 anos, aos 5 anos e depois pelo menos a cada 2 anos na idade escolar.

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Resultado de Exames

Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.