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Tire as suas dúvidas sobre a cirurgia de estrabismo

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O estrabismo é uma alteração que pode causar diversos problemas, desde dificuldades na visão até problemas sociais causadas pela estética característica dele. Existem diversas alternativas para tratar o problema, dependendo a causa do desvio ocular.

Quando o estrabismo é decorrente à um alto grau, a correção através de óculos pode ser suficiente para obter o alinhamento ocular. No entanto, em um número significativo de casos, a cirurgia pode ser necessária. Apesar de ser uma cirurgia segura, muitos pacientes ainda mantêm certa resistência em realizar o procedimento. Por isso, listamos aqui alguns fatores que podem informar e tranquilizar os pacientes sobre a cirurgia.

1 – A cirurgia pode recuperar a visão binocular

A noção de profundidade que possuímos é decorrente do sincronismo e alinhamento ocular. Quando uma criança apresenta desvio ocular, o seu cérebro opta por utilizar a visão de apenas um dos olhos, fazendo com que o outro não seja estimulado corretamente. Até aproximadamente os 8 anos de idade a criança ainda está vivendo essa fase de estimulação visual. Caso o desvio ocular não seja corrigida dentro deste período, as chances de recuperar a visão do olho “preguiçoso” diminuem com o tempo. Quando realizado cedo, a intervenção cirúrgica é capaz de recuperar a visão binocular durante esse período através do alinhamento ocular. Por isso os oftalmologistas geralmente recomendam que a idade ideal para submeter a criança à cirurgia de estrabismo é antes da faixa etária mencionada.

2 – O procedimento é seguro

A cirurgia é feita através de uma incisão na região da inserção da musculatura ocular. É feito então o ajuste desta inserção de acordo com o desvio existente para que o alinhamento ocular seja obtido. A recuperação é rápida e o desconforto é pequeno, com apenas algumas restrições. São utilizados colírios e analgésicos para aumentar o conforto, e o paciente geralmente já pode voltar às atividades normais rapidamente.

3 – Não existe limite de idade para ser realizado

Não há idade limite para ser submetido à cirurgia com altas taxas de sucesso para o alinhamento ocular. No entanto, caso o paciente com estrabismo seja submetido à cirurgia após a fase de desenvolvimento visual, as chances de melhora da visão são mais baixas. Cada caso deve ser avaliado por um oftalmologista, alinhando as possibilidades com as expectativas do paciente.

4 – Melhora a estética do paciente

Por último, mas não menos importante, está a melhora estética. A cirurgia é capaz de corrigir o desvio que causa incômodo com a aparência tanto em crianças quanto em adultos, aumentando a autoestima do paciente.

O estrabismo não costuma desaparece com o tempo. O problema pode ser tratado em qualquer idade, mas quanto antes se der o tratamento, maiores os benefícios para o desenvolvimento visual da criança. Existem diversas formas de tratar o estrabismo, e a cirurgia é só uma delas. O fundamental é consultar-se com um oftalmologista especialista (estrabólogo) para que ele indique qual o melhor tratamento para o seu caso.

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Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.