Central de Marcação: (21) 2493-8561

Transplante de córnea: conheça mais sobre esse procedimento que muda a vida de muitas pessoas

cornea_thumb

A medicina proporciona maravilhas que antes seriam inimagináveis. O transplante de córnea, por exemplo, pode devolver a visão a uma pessoa que teria que conviver definitivamente com a deficiência visual. E no sentido de conscientizar as pessoas sobre as possibilidades desse tratamento e a importância da informação para aumentar as doações, vamos falar um pouco sobre esse assunto.

A córnea é uma estrutura muito importante dos nossos olhos para que enxerguemos perfeitamente. Trata-se de um tecido transparente que contribui muito para nossa capacidade de enxergar e focalizar os objetos que queremos visualizar. Qualquer problema que acomete essa estrutura pode prejudicar bastante a nossa capacidade de enxergar.

Algumas doenças que acometem a córnea e que podem ser tratadas através do transplante são: ceratocone, degeneração marginal pelúcida, ceratoglobo, distrofias corneanas, ceratopatia bolhosa, córnea guttata, infecções corneanas, leucomas e perfurações oculares.

O transplante de córnea é feito a partir de um enxerto retirado de um indivíduo recentemente falecido e que é transplantando através de cirurgia no paciente que necessita de tratamento. Existem dois tipos de transplante de córnea, que são classificados de acordos com o número de camadas transplantadas. A região tem cinco camadas, mas dependendo do quadro apresentado, nem sempre é necessário utilizar todas elas. Se todas as camadas forem transplantadas, dizemos que o transplante é penetrante, do contrário classificamos o procedimento como transplante lamelar.

O procedimento geralmente causa pouco desconforto no pós-operatório, que pode ser aliviado na maioria dos casos com analgésicos comuns. Colírios antibióticos são administrados no pós-operatório imediato para evitar infecções, enquanto os colírios a base de corticoide são utilizados por período mais prolongado para reduzir a inflamação e evitar episódios de rejeição do transplante. No pós-operatório o paciente deve permanecer em repouso até que o oftalmologista o libere, aos poucos, para suas atividades normais do cotidiano.

Quando a córnea é a única estrutura dos olhos acometida, o transplante de córnea tem o potencial de melhorar a visão totalmente, mesmo que em alguns casos óculos ou uso de lentes de contato sejam necessários. É muito importante uma boa avaliação pré-operatória para avaliar outras doenças oculares (ex.: Glaucoma, degeneração maculare e etc.) concomitantes. O risco de complicações como infecção ou relacionadas aos pontos cirúrgicos é maior nos primeiros meses, enquanto o risco de rejeição da córnea permanece durante toda a vida do paciente (risco de rejeição maior nos primeiros anos), e por isso é essencial que o paciente mantenha um acompanhamento regular com um oftalmologista.

Como já dissemos, o transplante de córnea depende sempre de uma atitude muito nobre: a doação de órgãos. É importantíssimo que em vida deixemos claro aos nossos familiares a vontade de sermos doadores. Do mesmo modo, devemos cada vez mais fazer as informações circularem, para que mais pessoas se conscientizem da importância desse gesto. A doação salva e melhora a vida de muitas pessoas!

voltar

Gostou? Compartilhe nas redes sociais:

Você também pode gostar:

Resultado de Exames

Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.