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Ceratocone

O ceratocone é uma doença da córnea, a principal superfície refrativa do olho humano. A córnea é um tecido transparente  e curvo (aproximadamente 43 dioptrias de curvatura) que representa cerca de 2/3 do poder refrativo e 1/6 da superfície anterior do globo ocular.

O que é ceratocone?

O Ceratocone é uma doença não inflamatória, e, na maioria da vezes, progressiva da córnea. Devido a alterações anatômicas e biomecânicas, a córnea sofre encurvamento e afinamento progressivos levando ao abaulamento (ectasia) em forma de cone da córnea. A alteração progressiva do formato da córnea gera um grau irregular (astigmatismo) levando a baixa da acuidade visual (visão) progressiva.

 

Quando o ceratocone aparece e como se manifesta?

O ceratocone costuma manifestar-se na adolescência ou início da fase adulta, entretanto em alguns casos seu diagnóstico pode ser mais precoce na infância ou mais tardiamente em adultos com > 30 anos.

Os pacientes portadores de ceratocone podem apresentar piora da visão progressiva, acompanhada do aumento do grau dos óculos (principalmente do astigmatismo) que pode não melhorar com a prescrição dos óculos.

O ceratocone apresenta associação com diversas doenças oculares e sistêmicas, sendo frequente a associação entre o ceratocone e atopia (alergia) e síndrome de down.

 

Como eu diagnostico e acompanho o ceratocone?

Apesar do exame físico (Biomicroscopia) detalhado realizado pelo especialista na lâmpada de fenda ser de extrema importância, o exame “padrão ouro” atual no diagnóstico e acompanhamento do ceratocone é a TOMOGRAFIA CORNEANA (GALILEI).

A TOMOGRAFIA CORNEANA (GALILEI) é um exame de última geração que permite ao especialista avaliar a curvatura anterior (Topografia), espessura (Paquimetria), mapas de elevação anterior e posterior (doenças como o CERATOCONE apresentam manifestações iniciais na curvatura posterior não detectadas na topografia corneana) e aberrações (imperfeições) corneanas com maior precisão e reprodutibilidade.

O paciente com ceratocone deve ser examinado e submetido a tomografia corneana (GALILEI) a cada 6 meses para avaliar a progressão da doença.

 

Existe alguma maneira de “freiar” a progressão do ceratocone?

Sim! O diagnóstico precoce e acompanhamento semestral permite a identificação de pacientes com ceratocone, assim como sua progressão. Os pacientes portadores de ceratocone que possuem boa acuidade visual com o uso de óculos ou lentes de contato e que estejam evoluindo (piorando) são candidatos ao CROSS-LINKING (CXL) corneano, que consiste na aplicação de Riboflavina (Vitamina B2) e raios UVA na córnea. O CXL aumenta o número de ligações covalentes entre as fibras de colágeno corneanas resultando em um “enrijecimento” da córnea.

 

Quais os tratamentos disponíveis para o ceratocone?

  • ÓCULOS: Nos casos iniciais podem ter bons resultados.
  • LENTES DE CONTATO RÍGIDAS CORNEANAS: Conferem boa visão em casos iniciais e moderados. Nos casos avançados podem ter difícil adaptação, muitas vezes não “parando” nos olhos.
  • LENTES DE CONTATO ESCLERAIS: São uma ótima alternativa nos casos onde as lentes de contato rígidas corneanas não conseguem ser adaptadas com sucesso. Muitas vezes conseguem melhorar a visão, evitando em alguns pacientes a indicação do transplante de córnea.
  • ANEL INTRA-ESTROMAL CORNEANO: É indicado em pacientes intolerantes as lentes de contato e que não possuem cicatriz corneana no eixo visual. Pode melhorar a visão dependendo da severidade do ceratocone, entretanto tem como principal finalidade remodelar a córnea, permitindo assim uma melhor adaptação das lentes de contato. 
  • TRANSPLANTE DE CÓRNEA:  É indicado em pacientes cujos demais tratamentos não obtiveram sucesso. Dependendo do grau de cicatrização encontrada pode ser parcial (Transplante lamelar anterior profundo-DALK) ou total (Transplante penetrante).

Resultado de Exames

Prof. Dr. Gustavo Novais

Córnea & Refrativa

Director of communications PanCornea Society (2015-2016).

Diretor de cursos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (2015-2016).

Doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).

Chefe do setor de córnea da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO).

Residência médica em Oftalmologia no Hospital Municipal da Piedade/RJ.

Fellowship em córnea e doenças externas – McGill University, Montreal/Canadá.

Fellowship em córnea e doenças externas – Hospital Oftalmológico de Sorocaba/SP.

Observership em córnea e doenças externas – Massachusetts Eye and Ear Infirmary- Harvard- Boston/EUA.

Observership em córnea e doenças externas – Bascom Palmer Eye Institute – Miami/EUA.

Prof. Dr. Eduardo Novais

Retina Cirúrgica/Clínica & Mácula

• Pós-doutorado pelo New England Eye Center at Tufts School of Medicine, Boston/Estados Unidos.

• Doutorado em Oftalmologia (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM).

• Especialista em retina cirúrgica e clínica (UNIFESP/EPM).

• Oftalmologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pelo International Council of Ophthalmology (ICO).

• Fellowship no The Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory – McGill University, Montreal/Canadá.

• Membro da equipe de pesquisa clínica em Oftalmologia da Unifesp/EPM, liderada pelo Prof. Dr. Rubens Belfort Jr. e Profa. Dra. Cristina Muccioli.

• Membro da Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO).
Membro do programa “Jovens lideranças médicas” da Academia Nacional de Medicina.

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.