Se hoje o Brasil é conhecido como o país de futebol, muito se deve aos integrantes da Seleção de 1970, que conquistou o tri da Copa do Mundo e encantou o Planeta inteiro com seu jogo encantador. Porém, um dos pilares daquele time, o Tostão, teria sua carreira afetada para sempre por conta de uma lesão não muito comum: o descolamento de retina.
Em 1969, jogando pelo Cruzeiro, Tostão recebeu uma bolada de raspão no olho, que provocou esse problema. Na época, infelizmente o tratamento não tinha a mesma tecnologia que atualmente. Até o retorno aos gramados, foram 6 meses de recuperação.
No entanto, essa volta não seria como planejada. Devido a quadros de inflamação ocular recorrente, Tostão, mesmo empenhado em continuar a sua carreira, precisou pendurar as chuteiras aos 26 anos, muito mais precocemente que um jogador de futebol em condições normais.
Lesões desse tipo são mais comuns em esportes de luta
Apesar de não ser um tipo de lesão tratada como corriqueira, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que, por ano, cerca de 100 mil atletas sofrem com problemas oculares. Esse número representa uma boa parte dos atendimentos oftalmológicos de urgência do país.
Em esportes de luta, como boxe e MMA, o descolamento de retina é muito mais frequente que nos demais esportes. Por conta disso, alguns lutadores já precisaram encerrar sua carreira antes do previsto.
No MMA brasileiro, temos dois casos recentes de descolamento de retina, que afetaram a carreira dos atletas . O lutador Thomas Almeida precisou ficar em recuperação durante todo o ano de 2019 até voltar ao octógono. Em 2014, na categoria feminina do UFC, Bethe Correia ficou três meses afastada após fazer uma cirurgia para corrigir sua lesão ocular.
Vale ressaltar que, aqueles que já possuem algum problema como miopia, infecção ocular prévia, traumas oculares anteriores ou que já passaram por algum procedimento cirúrgico nos olhos, são mais propensos a sofrer lesões oculares mais graves.